sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A Escola no Japão

O sistema educacional japonês é muito diferente do resto do mundo e foi desenvolvido em 1947 e é dividido em 5 níveis: pré-escola (Youchien), escola elementar ou primária (Shougakkou) que dura 6 anos, escola secundária inferior ou júnior (Chuugakkou) que dura 3 anos, escola secundária superior ou sênior (Koutougakkou) que dura 3 anos e a universidade (Daigaku).
As crianças japonesas entram na escola elementar após terem completado 6 anos e a escola é gratuita e compulsória até os 15 anos de idade, quando os estudantes iniciam a escola secundária superior ou sênior.
O ano acadêmico japonês inicia em abril e a maioria das escolas utilizam o sistema trimestral. O primeiro trimestre vai de abril ao meio de julho, o segundo de setembro a dezembro e o terceiro de janeiro a março. Há 2 semanas de férias no Natal e 1 semana de férias de Primavera em Março ou Abril. Os estudantes têm também 5 semanas de feriado de verão.
As aulas normalmente vão de 8:30 da manhã até 3:30 da tarde nos dias de semana, seguidas de 1, 2 ou mais horas de atividades diversas, geralmente a participação nos clubes. As aulas aos sábados também duram de 8:30 até 12:30!
Os estudantes normalmente ficam na mesma sala o tempo todo e os professores normalmente vão de sala em sala. As turmas normalmente têm no mínimo 40 alunos. O currículo padrão inclui língua japonesa, estudos sociais, matemática, ciência, arte, música, economia doméstica, educação física e educação moral, uma grande ênfase é dada à matemática e à língua japonesa. Os estudantes não podem escolher as disciplinas, com exceção de Artes, Música ou Caligrafia Japonesa. As classes japonesas têm um grande número de alunos e usualmente é baseada em palestras com pouca intervenção dos estudantes.
Normalmente os estudantes da escola secundária inferior almoçam na escola nas salas de aula com os professores, que geralmente aproveitam para ensinar aos alunos como comer e se comportarem em grupo. Estes almoços são cobrados das famílias japonesas através de uma espécie de anualidade escolar e, no intervalo do almoço, as crianças requisitadas podem ter de ir à cozinha e servir os outros companheiros de classe. A maioria das escolas elementares e escolas secundárias inferiores fornecem almoço para os estudantes na escola, entretanto raramente são oferecidas aos alunos da escola secundária superior as refeições.
O ambiente de sala de aula no Japão é muito distinto do brasileiro. As escolas são bastante rigorosas e os estudantes devem estar preparados para estudar muito fora das aulas (pelo menos 3-4 horas por dia). Os estudantes têm um conjunto de regras que são chamadas de kosoku. As regras são as mais variadas, como modo de cortar o cabelo, ou como se vestir, pontualidade, como cuidar de seus pertences pessoais, ou mesmo como se portar fora da escola ou nas férias, e muitas outras. Os estudantes internacionais também devem se conformar com as regras da escola.
Os estudantes japoneses não têm coordenadores escolares, mas sim um professor designado para acompanhar o andamento do aluno, às vezes fazendo até visitas à sua família. A colocação do aluno em um dos três anos da educação secundária superior depende do nível do aluno e de seu conhecimento de japonês. Cada kumi ou aula também tem um ou dois estudantes que são responsáveis por assessorar os professores ou transportando material de estudo ou mesmo ensinando alguma matéria a outros estudantes.
Os estudantes devem participar de atividades em clubes ou bukatsu, comitês de classe e encontros de classe. Após as aulas os estudantes limpam a sua sala, chamado de souji, e participam em atividades em clubes ou lêem na biblioteca da escola ou estudam por si sós nas salas de aula. Geralmente as atividades em clubes são muito populares e as crianças desenvolvem atividades voluntariamente sobre a coordenação de um professor. O conteúdo destas atividades pode variar bastante, como tênis, tênis de mesa, basquetebol, atletismo, badminton, voleibol, baseball, futebol, ginástica, jornais, teatro, ciências, arte, fotografia, radialismo, televisão, inglês, música, caligrafia e outros. Nestes clubes os estudantes mais velhos são chamados de senpai enquanto os mais novos são chamados de kohai. Cada um tem suas próprias responsabilidades nestes clubes. Os senpai ajudam os kohai a se inserirem nos clubes e os ensinam as regras de cada clube, enquanto os kohai devem reverência aos senpai. Por exemplo, no tênis os kohai pegarão as bolas enquanto os senpai jogam. Este comportamento kohai/senpai que se inicia durante a vida escolar japonesa continua por toda a vida e está presente, por exemplo, nos partidos políticos e na vida de negócios.
Muitos estudantes freqüentam escolas especiais chamadas juku após a escola normal para melhorarem suas chances de entrarem em uma escola secundária superior mais valorizada. As escolas secundárias superiores são tão mais valorizadas quanto mais seus estudantes conseguem entrar nas boas Universidades. Aproximadamente metade dos estudantes japoneses freqüentam as juku.
As escolas secundárias superiores podem ser agrupadas em escolas gerais, escolas vocacionais e escolas combinadas. O primeiro ano da escola secundário superior é dedicado à educação geral. No segundo ano os cursos são divididos em cursos preparatórios e cursos vocacionais. No terceiro ano, os cursos preparatórios para a Universidade são subdivididos em Humanidades e Ciências Sociais, Ciência, e Tecnologia. Assim, mesmo nas escolas gerais, há três cursos de especialização na graduação da escola secundária. Cursos profissionalizantes despedem menos tempo em matérias culturais e naturalmente enfatizam matérias orientadas para profissões específicas.
As crianças aos 15 anos de idade, quando entram na escola secundária superior, devem decidir se irão cursar o curso geral, profissionalizante ou cursos combinados. Não é muito fácil para os estudantes decidirem o seu futuro profissional nesta idade.
Há também escolas secundárias superiores noturnas, estas escolas proporcionam uma possibilidade de o estudante trabalhar durante o dia e estudar à noite. Nas outras escolas normalmente é proibido trabalhar, mesmo no tempo livre. Estas escolas normalmente fornecem um jantar para os estudantes e as atividades de clube estarão incluídas no currículo normal da escola devido à ausência de tempo extra.
Para entrarem na Universidade os estudantes devem passar por 2 exames, o primeiro o teste de graduação nacional e um segundo fornecido pela própria universidade. Os estudantes que não conseguem passar nos teste devem tentar no próximo ano. O termo ronin é usado para estes estudantes, aproximadamente 40% de todos os estudantes universitários são ronin.
Há também os yobiko, que são escolas privadas preparatórias para os exames de entrada na Universidade, similar a um Pré-Vestibular no Brasil. Eles trabalham com os ronin por 1 ou 2 anos em tempo integral. Os custos dos yobiko são muito altos, às vezes mais caros que a Universidade.
Ultimamente há também um sistema novo baseado em acumulação de créditos ao invés de o aluno completar determinado número de anos, o estudante determina quais matérias estudar e vai acumulando créditos até completar o ensino secundário.
As notas dos estudantes são fornecidas em um sistema A, B, C e F:
Yu
A
80 - 100
Ryo
B
70 - 79
Ka
C
60 - 69
Fuka
F
0 - 59
Há variações desta escala entre as escolas podendo o aluno ser aprovado em algumas escolas com notas superiores a 40 pontos, geralmente o aspecto mais importante é ter o maior número de notas A no histórico.
  • ANO ACADÊMICO: Abril a Julho; Setembro a Dezembro; Janeiro a Março;
  • HORÁRIO DAS AULAS: 8:30 às 15:30, com outras atividades até às 17:30 pelo menos;
  • SEMANA: Segunda a Sábado;
  • IDIOMA: japonês.
PRÉ-REQUISITOS
  • IDADE: de 15 a 18½ anos.
  • ESCOLARIDADE: cursando o 2º grau.
  • NOTAS: obter média global de pelo menos 70% nos últimos 3 anos.
  • JAPONÊS: desejável algum conhecimento prévio.
VANTAGENS
  • Aprender a língua japonesa para o resto de sua vida.
  • Viver no Japão em uma escola japonesa.
  • Conviver com uma família durante todo o programa.
  • Convalidar o seu estudo quando retornar ao Brasil, algumas escolas podem fazer exigências quanto a disciplinas e notas mínimas na Japão, mas o MEC pode validar o seu estudo mesmo assim. Certifique-se com a sua escola das exigências que ela possa ter.
AGENDA
  • ENTREVISTA: O primeiro passo é agendar uma entrevista do estudante e seus pais para que todos estejam bem informados. A partir daí, basta retirar o dossiê e preenchê-lo.
  • ENTREGA DO DOSSIÊ: para início em setembro - até 30 de março; para início em abril - até 15 de setembro.
DURAÇÃO DO PROGRAMA
  • SEMESTRE LETIVO: início em abril ou setembro.
  • ANO LETIVO: abril a dezembro.
  • TÉRMINO DO PROGRAMA: duas semanas após o término oficial das aulas .
Vagas Limitadas: Você deve iniciar o seu processo com antecedência para garantir a sua vaga.

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