quarta-feira, 30 de abril de 2008

Greve dos Correios em Betim


Em pé: Claudiney Sangue Bom; Pimentel, Romeu, Nathan, Dalton, Vladimir... Agachados: Kelbson Gente Boa, Timotheo, Leonardo e Reginaldo Aparecido em celebre foto na Av. Afonso Pena no dia 03 de Abril de 2008.

O ENCONTRO DO EUROPEU COM O AFRICANO

O ENCONTRO DO EUROPEU COM O AFRICANO

Trabalho apresentado a Unopar por: LEONARDO CLEBER

O homem moderno europeu apesar do seu expansionismo, continuava ignorante acerca de outras civilizações e culturas diferentes. Apesar de não saber reconhecer a contribuição dos povos colonizados ou escravizados; o povo europeu tornou sua cultura, sua crença, universalizada, apesar de nem serem os primeiros do mundo. A Europa não possuía nem uma dessas características. Não era a área mais populosa, nem a mais fértil do mundo. Fragmentada em estados nacionais, precariamente unificadas e em poderes locais em constantes conflitos, seu único ponto em comum era o pertencimento a noção de cristandade.

No período da expansão marítima européia, os portugueses tentavam contornar a costa africana para chegar nas Índias em busca de especiarias. O pioneirismo português, já no final do século XIV, foi resultado de Portugal estar com suas fronteiras estabelecidas e ter um poder estatal em processo de centralização, possibilitando o incentivo, por parte do governo, à expansão ultramarina. Muitas áreas da costa africana foram conquistadas e o comércio europeu foi estendido para essas áreas. Na África existiam muitas tribos primitivas,segundo a visão etnocentrista européia, que viviam em contato com a natureza e não tinham tecnologia avançada. Haviam guerras entre tribos diferentes, a tribo derrotada na guerra se tornava escrava da tribo vencedora.

O encontro do homem europeu com o africano causou muito espanto e admiração em ambos. Do lado europeu este achava que o preto do negro poderia ser lavado e ate o fizeram. Também os europeus notaram que a falta de um sistema de governo tal como conheciam os tornaram sem civilidade, o que justificava a agressão que sofreram durante séculos. Com a colonização da África, os europeus chegaram com suas frotas e seus armamentos. O africano colonizado nunca havia visto nada igual. E o europeu revelou seu lado cruel e com isso surgiram rebeliões, porém não como o europeu conhecia; pois eles próprios acabavam por temer as atitudes dos negros e com isso acabou por separar as tribos capturadas, para que isso não ocorresse. Seus dialetos diferentes dificultavam qualquer forma de motins. Houve toda uma estrutura para o rapto dos africanos e, conseqüentemente, para mantê-los no cativeiro subordinados a vontade de poucos.

A agressividade ao arrancar o africano de sua terra já constituía um trauma irreparável. A viagem por dias ou meses em situação subumana, reduzia sobremaneira a força para uma luta entre iguais. A diáspora africana significou a vinda de milhares de africanos para a América onde foram vendidos como mercadoria sem respeito nenhum aos seus direitos. Desconheceu-se assim o termo humanidade e desrespeitou-se o direito de ser livre, oportunizando um ser subjugar ao outro através de idéias de inferioridade, apenas para garantir a produção de riquezas. Sair de sua terra por livre e espontânea vontade já não é uma das melhores atitudes do ser humano. Ser seqüestrado sem direito ao resgate é um fato que não existe justificativa. Os povos africanos que durante quatrocentos anos foram mercadoria nas mãos dos europeus em sua ganância por riquezas perderam o direito de construir em sua terra natal sua história. Há uma espécie de o bem versus o mal, quando o assunto órbita entre as manifestações religiosas do colonizador e as manifestações religiosas do colonizado. Chega-se a caluniar a fé de herança africana às suas práticas de caráter maligno diluídos em suas manifestações religiosas. É preciso entender que não foi uma cultura africana que atravessou o Atlântico, mas várias. Foram diversos grupos étnicos, misturados pelos portugueses, diversas nações de africanos que vieram traficados para a américa.

O europeu se julgava na frente da evolução, pois possuíam a tecnologia, a própria religião cristã, dava ao europeu o direito de julgar toda e qualquer outra pratica religiosa, mesmo sendo uma expressão cultural. O europeu não respeitou o africano pois há várias formas de religião e de cultura, e são variadas as maneiras de se cultuar as divindades. Características comuns, entretanto, surgem em maior ou menor destaque em praticamente todas as religiões e todas as culturas do mundo. Independente da linha filosófica a qual se norteia à religião, a idéia principal das mesmas é a construção da harmonia entre os seres. Os africanos acreditam que esta harmonia não é apenas entre os seres humanos, mas tudo que faz parte do seu meio, as coisas do céu e da terra. A justificativa da escravidão geralmente se dava no campo da inferioridade, pois os europeus os consideravam povos bárbaros, que não possuíam almas. A própria Igreja chegou autorizar Portugal para escravizar o outro. O europeu retratava o africano como o escuro, o mal, criaturas da sombra. E com isto ate texto bíblico era usado para justificar a escravidão do africano. A narração da Escritura prossegue com as gerações de Cam, Sem e Jafé. Membros da Igreja Católica com apoio da burguesia européia aproveitaram tal relato para justificar a escravidão do negro africano. A ciência também foi usada para reforçar a dominação européia.

Podemos concluir que a expansão marítima européia demonstrou toda uma forma de desrespeito com o povo africano, pois o europeu apesar de se achar no centro do mundo desconhecia como respeitar estes povos e suas culturas, classificando-os, de povos primitivos usando para isso a religião cristã e ate mesmo a ciência para justificar toda forma de preconceito e também a violência praticada contra eles. Com a evangelização dos africanos, os religiosos acabavam por presenciar toda a violência praticada contra o negro e ao retornar a Europa estes acabava por defendê-los contra a escravidão, através de questionamentos como se possuíam almas, se eram animais, se possuíam inteligência, ou seres descendentes de Adão e Eva. Mas estas vozes encontraram grandes barreiras na Europa, pois ninguém queria perder seus escravos. E hoje podemos notar que a busca pela nacionalidade negra, de sua história, deve fazer parte de todos os povos que tiveram e tem a contribuição do povo africano para seu crescimento, muitas vezes sacrificados na escravidão.

BIBLIOGRAFIA

FERRAZ, Francisco César Alves.Historia Moderna I. Londrina: Editora CDI HISTORIA MODULO 3 2008 Pág.137-178.

http://morchericardo.blogspot.com/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_%C3%81frica

BRANCO, Patrícia Castelo.Historia da Africa. Londrina: Editora CDI HISTORIA MODULO 3 2008 Pág.31-56

http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao21/materia02/

http://www.upis.br/revistamultipla/multipla16.pdf#page=9

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Estudantes protestam na UFMG

Estudantes fazem manifestação na UFMG

Eles protestam contra a entrada da PM no campus na última quinta-feira.
Ação ocorreu durante exibição de um documentário sobre maconha.

Estudantes fazem uma manifestação no campus Pampulha, em Belo Horizonte, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG buscar) desde o início da tarde desta segunda-feira (7). Os manifestantes pedem explicações da instituição sobre a entrada da Polícia Militar no campus na última quinta-feira (3) e estão reunidos com o reitor Ronaldo Pena e a vice-reitora Heloísa Starling.De acordo com os estudantes, a PM entrou no campus na última quinta-feira durante a exibição do documentário “Maconha - Grass” no Instituto de Geociências (IGC) da UFMG. "O filme havia sido proibido pela diretora do instituto, mas os alunos organizaram a sessão e passaram o filme. Aí a polícia chegou e fechou o prédio. Um estudante que estava no prédio e nem assistiu ao filme foi impedido de sair e depois de agredido, foi algemado e levado para uma viatura. Outros estudantes também sofreram agressão", conta Marco Túlio de Melo Vieira, 19, membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e aluno do curso de comunicação social da UFMG. Em nota divulgada na sexta-feira (4), a reitora em exercício, Heloísa Starling, lamentou a ocorrência dos fatos e afirmou repudiar qualquer ação de violência praticada e que não autorizou nem a presença nem a ação da Polícia Militar. A nota esclarece, ainda, que serão tomadas providências para apuração dos fatos e das responsabilidades.

A PM, no entanto, afirma, em nota divulgada à imprensa, que foi acionada por telefone por um funcionário da Divisão de Segurança da UFMG sob alegação de que um grupo de seguranças estava sob ameaça. O documento da PM diz ainda que, segundo policiais que participaram da operação, a chegada de policiais gerou protestos por parte dos estudantes que participavam do encontro denominado “A marcha da maconha”. Ainda de acordo com relato dos policiais, objetos foram arremessados contra os militares, que solicitaram reforço. Um estudante foi preso por desacato à autoridade policial. Uma estudante foi atingida por pedra atirada por um grupo de alunos e foi encaminhada ao Hospital João XXIII. A PM informa que abriu apuração interna para verificar as circunstâncias em que ocorreu o incidente e "tomará as providências quanto a possíveis irregularidades".

Protesto contra a repressão

"A questão é: a polícia entrou e se não foi acionada, foi sancionada. Nosso protesto não é sobre drogas e sim contra a ação da polícia e repressão", diz Vieira. Segundo o estudante, a manifestação pede uma audiência pública com o reitorado para eles se retratarem e explicarem a ação da polícia e a instauração de uma comissão paritária para apurar os acontecimentos e os responsáveis. Os estudantes iniciaram a manifestação em frente à reitoria no início da tarde. Por volta das 15h, eles invadiram o saguão do prédio. "A reitoria encontrava-se fechada e com seguranças na porta. Não pudemos entrar, então ocupamos, de forma pacífica, e realizamos uma assembléia", explica Vieira. De acordo com os estudantes, depois da reunião com o reitor e a vice-reitora, haverá uma outra assembléia para avaliar as respostas da reitoria.

O ENCONTRO DO EUROPEU COM O AFRICANO

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