Sinos tocavam, centenas de milhares de pessoas saíam às ruas e se abraçavam em incontida alegria. Desse modo, na madrugada do dia 1° de janeiro de 1959, Camilo Cienfuegos, Raúl Castro, Fidel Castro e Ernesto Guevara foram recepcionados pelos cubanos ao tomarem o poder através da Revolução. Cuba entrava numa nova era e Che participaria da mesma de forma crucial. Mais tarde, tomado pelo espírito revolucionário, deixa Cuba e se engaja na luta contra a opressão em outros países oprimidos. Tornou-se assim um símbolo de um novo tipo de revolucionário. |
Como desvincilhar de emitir minha opinião sobre fatos e acontecimentos, se eu sou a expressão da História no presente?
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
A REVOLUÇÃO COMEÇA EM NÓS
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
A palavra é “legalidade”
Leia o texto abaixo e reflita sobre os acontecimentos... Eles não são exclusivos do Rio, mas de toda a sociedade brasileira... Deixo aqui a minha opinião: Senhores congressistas tenham mais responsabilidade com nosso país, para que cresçamos juntos.
Leonardo Cleber da Silva
A palavra é “legalidade”
Luiz Eduardo Soares - Março 2006
Acredito que haja um denominador comum sob o vasto repertório de problemas, dramas e tragédias que afetam o estado do Rio de Janeiro. Claro que essa reflexão exige que se faça, primeiro, um inventário dos dilemas que nos afligem. Cada leitor terá sua lista de prioridades. A minha é bastante ampla: o desrespeito pelo espaço público, a corrosão dos laços de confiança e das regras de civilidade, a degradação das entidades socioeducativas e do sistema penal, a ocupação desordenada do solo urbano, a devastação do meio ambiente, a corrupção nas instituições públicas, a brutalidade policial, o crescimento tentacular das máfias — no transporte e na saúde —, o tráfico de armas e drogas, a criminalidade e a bala perdida — com seus efeitos sobre a economia, o emprego e a renda —, a violência doméstica contra crianças e mulheres, a agressão perpetrada contra as minorias, o racismo e a homofobia, o genocídio de jovens negros e pobres, o abandono da juventude vulnerável, a tirania a que estão submetidas as comunidades, o descaso com a educação, a selvageria no trânsito, a pobreza da representação política e o esvaziamento de sua legitimidade.
São questões que pertencem a distintas esferas da vida social. Mas um laço as une: cada uma delas corresponde a uma modalidade específica de transgressão à ordem constitucional; todas expressam traições à legalidade. O denominador comum das desventuras é a ilegalidade. A palavra-chave para a sociedade fluminense, pedra-de-toque das mudanças mais urgentes, é uma só: legalidade.
Aqui, é preciso cuidado para evitar mal-entendidos. A legalidade a que me refiro nada tem a ver com a simplificação grosseira daquilo que se convencionou designar pela equação Lei-e-Ordem, cuja tradução realista tem sido violência e discriminação institucionalizadas contra os de baixo, e tolerância indulgente com os de cima. Pelo contrário, legalidade, no Estado Democrático de Direito, regido por uma Constituição republicana, como a brasileira, significa a afirmação normativa e prática de direitos, garantias e liberdades, individuais e coletivas, cujos limites são dados apenas por sua universalidade, isto é, pela eqüidade de sua vigência.
Legalidade nos marcos da democracia resulta de um amplo entendimento político e consagra um pacto social, por natureza flexível e tenso, sob permanente e saudável conflito. Nada menos estático do que a legalidade, no quadro da institucionalidade democrática, ainda que as instituições sejam estáveis. Justamente porque é próprio à democracia fornecer meios legais para a introdução progressiva de mudanças. A democracia, conjugada aos valores da eqüidade e da justiça, tende a estender-se e aprofundar-se com o amadurecimento de seu exercício, ampliando as bases de participação da sociedade e incorporando, aos espaços de produção normativa e realização do poder político, segmentos sociais cada vez mais numerosos e diversificados.
Poder-se-ia pensar que a legalidade estaria condenada a ser uma bandeira que só interessa às elites e às camadas médias. A legalidade interessa a todos os que se importam com o convívio pluralista e republicano, sem dúvida, mas, sobretudo, interessa aos mais pobres. A legalidade é questão de vida e morte para os que são hostilizados diariamente pela brutalidade policial e para os que sofrem o despotismo imposto pelo crime. Para as centenas de milhares de moradores de favelas, a implantação efetiva da legalidade seria a conquista dos benefícios mais elementares, previstos na Constituição Federal, que custaram tanta luta à sociedade brasileira e, hoje, permanecem fora do alcance de tantas comunidades.
Um governo que se norteasse pelo respeito à legalidade teria de realizar uma revolução nos aparelhos coercitivos do Estado e nas instituições públicas, antes de voltar-se para a sociedade, na perspectiva de servi-la, promovendo a cidadania e garantindo a própria legalidade.
Parte do eleitorado dá sinais de que está se deslocando para o voto nulo. O ceticismo é compreensível. A ilegalidade gera expectativas negativas. A política democrática sairá vitoriosa se puder reverter expectativas e introduzir a dinâmica virtuosa que nasce da confiança.
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Luiz Eduardo Soares é cientista político e professor da Universidade Cândido Mendes (Rio).
Fonte: Jornal do Brasil, 12 mar. 2006.
Disponível em: http://www.acessa.com/gramsci/?page=visualizar&id=473
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Greve dos Correios em Betim
O ENCONTRO DO EUROPEU COM O AFRICANO
O ENCONTRO DO EUROPEU COM O AFRICANO
O homem moderno europeu apesar do seu expansionismo, continuava ignorante acerca de outras civilizações e culturas diferentes. Apesar de não saber reconhecer a contribuição dos povos colonizados ou escravizados; o povo europeu tornou sua cultura, sua crença, universalizada, apesar de nem serem os primeiros do mundo. A Europa não possuía nem uma dessas características. Não era a área mais populosa, nem a mais fértil do mundo. Fragmentada em estados nacionais, precariamente unificadas e em poderes locais em constantes conflitos, seu único ponto em comum era o pertencimento a noção de cristandade.
No período da expansão marítima européia, os portugueses tentavam contornar a costa africana para chegar nas Índias em busca de especiarias. O pioneirismo português, já no final do século XIV, foi resultado de Portugal estar com suas fronteiras estabelecidas e ter um poder estatal em processo de centralização, possibilitando o incentivo, por parte do governo, à expansão ultramarina. Muitas áreas da costa africana foram conquistadas e o comércio europeu foi estendido para essas áreas. Na África existiam muitas tribos primitivas,segundo a visão etnocentrista européia, que viviam em contato com a natureza e não tinham tecnologia avançada. Haviam guerras entre tribos diferentes, a tribo derrotada na guerra se tornava escrava da tribo vencedora.
O encontro do homem europeu com o africano causou muito espanto e admiração em ambos. Do lado europeu este achava que o preto do negro poderia ser lavado e ate o fizeram. Também os europeus notaram que a falta de um sistema de governo tal como conheciam os tornaram sem civilidade, o que justificava a agressão que sofreram durante séculos. Com a colonização da África, os europeus chegaram com suas frotas e seus armamentos. O africano colonizado nunca havia visto nada igual. E o europeu revelou seu lado cruel e com isso surgiram rebeliões, porém não como o europeu conhecia; pois eles próprios acabavam por temer as atitudes dos negros e com isso acabou por separar as tribos capturadas, para que isso não ocorresse. Seus dialetos diferentes dificultavam qualquer forma de motins. Houve toda uma estrutura para o rapto dos africanos e, conseqüentemente, para mantê-los no cativeiro subordinados a vontade de poucos.
A agressividade ao arrancar o africano de sua terra já constituía um trauma irreparável. A viagem por dias ou meses em situação subumana, reduzia sobremaneira a força para uma luta entre iguais. A diáspora africana significou a vinda de milhares de africanos para a América onde foram vendidos como mercadoria sem respeito nenhum aos seus direitos. Desconheceu-se assim o termo humanidade e desrespeitou-se o direito de ser livre, oportunizando um ser subjugar ao outro através de idéias de inferioridade, apenas para garantir a produção de riquezas. Sair de sua terra por livre e espontânea vontade já não é uma das melhores atitudes do ser humano. Ser seqüestrado sem direito ao resgate é um fato que não existe justificativa. Os povos africanos que durante quatrocentos anos foram mercadoria nas mãos dos europeus em sua ganância por riquezas perderam o direito de construir em sua terra natal sua história. Há uma espécie de o bem versus o mal, quando o assunto órbita entre as manifestações religiosas do colonizador e as manifestações religiosas do colonizado. Chega-se a caluniar a fé de herança africana às suas práticas de caráter maligno diluídos em suas manifestações religiosas. É preciso entender que não foi uma cultura africana que atravessou o Atlântico, mas várias. Foram diversos grupos étnicos, misturados pelos portugueses, diversas nações de africanos que vieram traficados para a américa.
O europeu se julgava na frente da evolução, pois possuíam a tecnologia, a própria religião cristã, dava ao europeu o direito de julgar toda e qualquer outra pratica religiosa, mesmo sendo uma expressão cultural. O europeu não respeitou o africano pois há várias formas de religião e de cultura, e são variadas as maneiras de se cultuar as divindades. Características comuns, entretanto, surgem em maior ou menor destaque em praticamente todas as religiões e todas as culturas do mundo. Independente da linha filosófica a qual se norteia à religião, a idéia principal das mesmas é a construção da harmonia entre os seres. Os africanos acreditam que esta harmonia não é apenas entre os seres humanos, mas tudo que faz parte do seu meio, as coisas do céu e da terra. A justificativa da escravidão geralmente se dava no campo da inferioridade, pois os europeus os consideravam povos bárbaros, que não possuíam almas. A própria Igreja chegou autorizar Portugal para escravizar o outro. O europeu retratava o africano como o escuro, o mal, criaturas da sombra. E com isto ate texto bíblico era usado para justificar a escravidão do africano. A narração da Escritura prossegue com as gerações de Cam, Sem e Jafé. Membros da Igreja Católica com apoio da burguesia européia aproveitaram tal relato para justificar a escravidão do negro africano. A ciência também foi usada para reforçar a dominação européia.
Podemos concluir que a expansão marítima européia demonstrou toda uma forma de desrespeito com o povo africano, pois o europeu apesar de se achar no centro do mundo desconhecia como respeitar estes povos e suas culturas, classificando-os, de povos primitivos usando para isso a religião cristã e ate mesmo a ciência para justificar toda forma de preconceito e também a violência praticada contra eles. Com a evangelização dos africanos, os religiosos acabavam por presenciar toda a violência praticada contra o negro e ao retornar a Europa estes acabava por defendê-los contra a escravidão, através de questionamentos como se possuíam almas, se eram animais, se possuíam inteligência, ou seres descendentes de Adão e Eva. Mas estas vozes encontraram grandes barreiras na Europa, pois ninguém queria perder seus escravos. E hoje podemos notar que a busca pela nacionalidade negra, de sua história, deve fazer parte de todos os povos que tiveram e tem a contribuição do povo africano para seu crescimento, muitas vezes sacrificados na escravidão.
BIBLIOGRAFIA
FERRAZ, Francisco César Alves.Historia Moderna I. Londrina: Editora CDI HISTORIA MODULO 3 2008 Pág.137-178.
http://morchericardo.blogspot.com/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_%C3%81frica
BRANCO, Patrícia Castelo.Historia da Africa. Londrina: Editora CDI HISTORIA MODULO 3 2008 Pág.31-56
http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao21/materia02/
http://www.upis.br/revistamultipla/multipla16.pdf#page=9
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Estudantes protestam na UFMG
Estudantes fazem manifestação na UFMG
Eles protestam contra a entrada da PM no campus na última quinta-feira.
Ação ocorreu durante exibição de um documentário sobre maconha.
Estudantes fazem uma manifestação no campus Pampulha, em Belo Horizonte, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG ) desde o início da tarde desta segunda-feira (7). Os manifestantes pedem explicações da instituição sobre a entrada da Polícia Militar no campus na última quinta-feira (3) e estão reunidos com o reitor Ronaldo Pena e a vice-reitora Heloísa Starling.De acordo com os estudantes, a PM entrou no campus na última quinta-feira durante a exibição do documentário “Maconha - Grass” no Instituto de Geociências (IGC) da UFMG. "O filme havia sido proibido pela diretora do instituto, mas os alunos organizaram a sessão e passaram o filme. Aí a polícia chegou e fechou o prédio. Um estudante que estava no prédio e nem assistiu ao filme foi impedido de sair e depois de agredido, foi algemado e levado para uma viatura. Outros estudantes também sofreram agressão", conta Marco Túlio de Melo Vieira, 19, membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e aluno do curso de comunicação social da UFMG. Em nota divulgada na sexta-feira (4), a reitora em exercício, Heloísa Starling, lamentou a ocorrência dos fatos e afirmou repudiar qualquer ação de violência praticada e que não autorizou nem a presença nem a ação da Polícia Militar. A nota esclarece, ainda, que serão tomadas providências para apuração dos fatos e das responsabilidades.
A PM, no entanto, afirma, em nota divulgada à imprensa, que foi acionada por telefone por um funcionário da Divisão de Segurança da UFMG sob alegação de que um grupo de seguranças estava sob ameaça. O documento da PM diz ainda que, segundo policiais que participaram da operação, a chegada de policiais gerou protestos por parte dos estudantes que participavam do encontro denominado “A marcha da maconha”. Ainda de acordo com relato dos policiais, objetos foram arremessados contra os militares, que solicitaram reforço. Um estudante foi preso por desacato à autoridade policial. Uma estudante foi atingida por pedra atirada por um grupo de alunos e foi encaminhada ao Hospital João XXIII. A PM informa que abriu apuração interna para verificar as circunstâncias em que ocorreu o incidente e "tomará as providências quanto a possíveis irregularidades".
Protesto contra a repressão
"A questão é: a polícia entrou e se não foi acionada, foi sancionada. Nosso protesto não é sobre drogas e sim contra a ação da polícia e repressão", diz Vieira. Segundo o estudante, a manifestação pede uma audiência pública com o reitorado para eles se retratarem e explicarem a ação da polícia e a instauração de uma comissão paritária para apurar os acontecimentos e os responsáveis. Os estudantes iniciaram a manifestação em frente à reitoria no início da tarde. Por volta das 15h, eles invadiram o saguão do prédio. "A reitoria encontrava-se fechada e com seguranças na porta. Não pudemos entrar, então ocupamos, de forma pacífica, e realizamos uma assembléia", explica Vieira. De acordo com os estudantes, depois da reunião com o reitor e a vice-reitora, haverá uma outra assembléia para avaliar as respostas da reitoria.
domingo, 9 de março de 2008
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